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Reconhecimento é o que não tem faltado para George Sauma, 19, e Daniel Torres, 15. Com talento de sobra, eles vêm se destacando em ´Toma lá, dá cá´, sitcom da Globo que vai ao ar todas as terças-feiras. Apesar da pouca idade, a dupla já divide a cena com feras da TV brasileira e não vacila um momento sequer
Considerados revelações da TV, George Sauma e Daniel Torres não escondem a satisfação pelo momento que estão vivendo. E mesmo com a pouca idade, eles já percorreram uma longa estrada. A dupla, que interpreta os engraçadíssimos Tatalo (George) e Adônis (Daniel), descobriu o dom de interpretar ainda na infância.
´Sempre pedia para meus pais me levarem ao teatro. E, como eu era muito pequeno, não tinha aula de teatro para minha idade. Então me colocaram no sapateado. Com 6 anos, estava apresentando o primeiro espetáculo ´Branca de neve´´, conta George.
Daí não parou mais. Aos 13 anos, os pais o inscreveram numa das escolas de teatro mais tradicionais do Rio de Janeiro, a Tablado. ´Foi a melhor coisa que eles fizeram´, diz.
Daniel Torres também conta com o apoio da família. No entanto, os pais do jovem ator chegaram a questionar a decisão. ´Eles querem que eu tenha segurança do que quero´, explica Daniel, que começou a atuar numa aula experimental de teatro quando tinha 8 anos. ´Fiz a primeira aula, gostei e foi acontecendo. De lá, passei a fazer aulas no curso da Andréa Avancini´, conta.
No palco
Daniel logo passou a se apresentar em peças do curso. Entre as primeiras que fez estão ´A menina e o fauno´ e ´O herdeiro milionário´.
George pisou no palco primeiro em espetáculos de sapateado. Somente depois de três anos no Tablado, apresentou sua primeira peça. Em ´O rapto da cebolinha´ ele dividiu o palco com Marcius Melhem, que hoje está no ar em ´Zorra Total´.
Desafios
Decididos, os dois passaram a fazer parte da multidão que encara filas e filas para testes de elenco. ´Fiz um monte. Não foi fácil. Fiz uns 50 ou mais testes. Fiz para muita coisa. Era de todo jeito´, conta Daniel, que está em seu terceiro trabalho na TV (ele já fez o especial de fim de ano ´O pequeno alquimista´ e a novela ´A lua me disse´).
´É uma coisa de doido. A gente chega e já vão dando o texto para decorar. Tudo em cima da hora. Até que passei para fazer o especial de fim de ano da Globo, ´O pequeno alquimista´. E mesmo assim ainda foram dois ou três testes para ser confirmado´, conta Daniel.
George confessa que antes de ´Toma lá, dá cá´ - seu primeiro trabalho na TV -, já tinha feito vários testes para novelas e filmes, e nunca passava. Para ele, o nervosismo e quantidade de candidatos eram as maiores dificuldades.
´Toma lá, dá cá´
Mas o melhor é que a vez deles chegou. E a de Daniel veio em grande estilo. Foi convidado para fazer parte do especial homônimo, exibido em 2005, que deu origem ao programa.
´Eu não acreditei quando ouvi o Miguel (Falabella) dizendo: ´estou te convidando para fazer um sitcom´. Fiquei paralisado. Foi o meu primeiro convite. Me senti muito feliz porque vi que as pessoas gostam do meu trabalho´, revela.
Já George foi indicado pelo colega Melhem para o teste de programa. ´Fiz uma vez e, uma semana depois, ligaram convidando para o especial. Deu certo. Estamos no ar com a série há um ano e meio´, vibra.
Sucesso
Para George, a repercussão do personagem tem sido assustadora e para Daniel, engraçada. ´As pessoas ficam apontando para mim e se cutucando. Algumas ficam mais contidas´, diverte-se Daniel. ´Me param na rua, pedem para tirar foto e dizem que me adoram´, conta George, satisfeito com o crescimento de seu personagem.
´No começo eu era o adolescente problemático. Nesse ano, o Miguel me deu filhos e o personagem precisou amadurecer. Agora, ele está numa fase que topa tudo para conseguir dinheiro para sustentar sua família´, comenta George.
Para ele, o mais legal de estar no programa é ter a oportunidade de trabalhar com grandes artistas, como Ítalo Rossi e Arlete Salles. ´O elenco é o maior barato porque reúne todo tipo de gente com diferentes times, humores, idades e tempo de carreira. Tem gente lá que tem, de carreira, o mesmo tempo que tenho de vida. Isso é muito interessante´, observa George, que está em cartaz no Rio com dois espetáculos: ´Valetin´ e ´Cordélia Brasil´, ao lado de Maria Padilha.
Já Daniel, atualmente tem se dedicado somente ao seriado e ao colégio. O jovem, que está no segundo ano, conta que as aulas estão exigindo muito dele e não tem dado para fazer outras coisas. ´Teve uma época que fiz novela, estava em cartaz com o espetáculo e era mais tranqüilo. Tinha menos cobrança. Mas, agora está puxado´, admite ele, que quer fazer vestibular para jornalismo.
Por: Izakeline Ribeiro
